segunda-feira, 9 de março de 2015

Violência Doméstica

É um tema que muito se fala agora. É um assunto que já não tem de ficar só entre quatro paredes, porque desde 2010 tornou se crime público. Um crime que deve ser sempre denunciado quer pelas vítimas como por testemunhas.
Mas denúncia-lo nem sempre é fácil. Libertarmo nos do predador nem sempre é fácil. Demoramos a admitir que o que se passa não é normal, que não passa com o tempo. Pelo contrário só tende a agravar. E violência Doméstica não é só física, é também psicológica e esta por vezes marca mais ainda, marca por dentro e não deixa marcas visíveis, deixa ematomas que demoram a cicatrizar.
Eu fui uma destas vítimas, e digo fui porque felizmente tive o apoio e empurrão que sozinha não conseguia dar.
Foram 3 anos de namoro, 3 anos de uma convivência que em nada era saudável. Sem me perceber fui me deixando encurralar e fui me fechando na minha concha. Perdi a alegria que sempre me foi característica e acomodei me a viver assim.
Muitas foram as vezes que tive vontade de acabar com tudo, dar o grito e soltar me mas no fim fui sempre me deixando ficar.
Mas venci e Hoje sei que sou superior a tudo isso e consigo ver, que quem age desta maneira, é doente, não admite as suas franquezas e muita-as no outro, fazendo dele uma presa.

A APAV criou agora um hino de apoio a todas as vítimas. Sejam elas mulheres ou homens.


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